quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O Génio Céltico e o Mundo Invisível ~

O Druidismo

Se aplicava sobretudo a desenvolver a personalidade humana, em vista da evolução que lhe é destinada. Ele cultivava as qualidades activas, o espírito de iniciativa, a energia, a coragem; Tudo o que permite afrontar as provas, a adversidade, a morte com uma inflexível segurança. Esse ensino desenvolvia, no mais alto grau, entre os homens o sentimento do direito, da independência e da liberdade. Em compensação, ele era censurado por ter negligenciado em demasia as qualidades passivas e os sentimentos afectivos. Os gauleses eram iguais e livres, mas eles não tinham uma consciência suficiente dessa fraternidade universal que assegura a unidade de um grande país e constitui a sua salvaguarda na hora de perigo.


O Druidismo tinha necessidade desse complemento que o Cristianismo de Jesus lhe proporcionou. Nós falamos do Cristianismo primitivo, ainda não alterado pela acção do tempo, e que nos primeiros séculos apresentava tanta analogia com as crenças célticas porquanto ele reconhecia a unidade de Deus, a sucessão das vidas da alma e a pluralidade dos mundos. Eis por que os celtas o adoptaram com tanta presteza visto estarem mais bem preparados pelas suas próprias aspirações.

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LÉON DENIS, O Génio Céltico e o Mundo Invisível, Primeira Parte OS PAÍSES CÉLTICOS, CAPÍTULO I – Origem dos celtas, Guerra dos gauleses, Decadência e queda, Longa noite; o despertar. O movimento pancéltico – O Druidismo, 2º fragmento da obra.
(imagem de ilustração: The Apotheosis of the French Heroes who Died for their Country During the War for Freedom_1802, pintura de Anne-Luis GIRODET-TRIOSON)

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