Estudo sobre os fluidos ~~
É tão importante a demonstração da existência dos fluidos, para a
compreensão dos fenómenos espirituais, que devemos examinar esse problema sob
todos os seus aspectos. A experiência espírita há demonstrado que a alma se
encontra revestida de um envoltório material, mas invisível e intangível no
estado normal e, que se move num meio físico que carece de peso. Urge, pois,
apresentemos todas as razões que tendem a provar o facto capital da existência
de um mundo imponderável, porém tão real como o em que vivemos.
Acreditava-se, outrora, que a luz, a electricidade, o calor,
o magnetismo, etc., eram substâncias inteiramente distintas umas das outras,
dotadas de natureza própria, especial, que as diferençavam completamente. As
pesquisas contemporâneas demonstraram falsa tal concepção.
Nas primeiras idades da ciência, não só parecia que as
forças eram separadas, mas também que o número delas se multiplicava ao
infinito. Considerava-se cada fenómeno como a manifestação de uma certa
força. Entretanto, pouco a pouco se reconheceu que efeitos diferentes
podem derivar de uma causa única. Desde então, diminuiu consideravelmente
o número das forças, cuja existência se admitia. Newton identificou
a gravidade e a atracção, reconhecendo na queda da maçã e na manutenção do
astro em sua órbita, efeitos de uma mesma causa: a gravitação universal. Ampère demonstrou
que o magnetismo é apenas uma forma da electricidade. A luz e o calor, desde
longo tempo, são tidos como manifestações de uma mesma causa: um movimento
vibratório extremamente rápido do éter.
Nos dias actuais, uma grandiosa concepção veio mudar de novo
a face à ciência: a de que todas as forças da Natureza se reduzem a uma
só. A energia ou a força (são sinónimos os dois termos) pode assumir todas
as aparências, sendo, alternativamente, calor, trabalho mecânico, electricidade,
luz e dar origem às combinações e decomposições químicas. Às vezes, a força
como que se encontra oculta ou destruída. Simples aparência. Pode-se sempre
encontrá-la novamente e fazê-la passar de novo pelo ciclo de suas
transformações.
Inseparável da matéria, a força é indestrutível,
fazendo-se mister que à energia se aplique este princípio: na
Natureza, nada se perde, nem se cria.
É tão verdade isto, que, quando um movimento sofre brusca
interrupção, imediatamente uma coisa nova aparece: é o calor.
Assim, um pedaço de chumbo, colocado na bigorna, se aquecerá violentamente sob
os golpes do martelo do ferreiro; uma bala de artilharia, batendo num alvo de
ferro, poderá chegar à temperatura do rubro; as rodas de um comboio em marcha
despedem centelhas, quando se accionam subitamente os freios. Se o
movimento da Terra em torno do Sol cessasse instantaneamente, diz Helmholtz que
a quantidade de calor gerado por esse facto seria tal, que faria passar ao
estado de vapor toda a massa terrestre.
Temos, portanto, que calor e movimento são duas formas
equivalentes da energia, formas que mutuamente se substituem, tornando-se visível
uma, quando a outra desaparece. Determinou-se exactamente a que quantidade de
calor corresponde uma certa quantidade de movimento, medida a que se dá o nome
de equivalente mecânico do calor.
Torna-se então fácil de compreender que aquecer um
corpo é aumentar-lhe o movimento interno, isto é, o das suas moléculas.
Sabemos que, desde o átomo invisível até o corpo celeste perdido no espaço,
tudo se encontra sujeito ao movimento. Tudo gravita numa órbita imensa ou
infinitamente pequena. Mantidas a uma distância definida umas das outras, em
virtude do próprio movimento que as anima, as moléculas guardam entre si
relações constantes, que só se alteram pela adição ou subtracção de certa
quantidade de movimento. Em geral, a aceleração do movimento das
moléculas aumenta-lhes as órbitas e afasta-as umas das outras, ou, por outras
palavras, aumenta o volume dos corpos. É justamente por isso que o
calor se apresenta como fonte de movimento.
Sob sua influência, as moléculas, afastando-se cada vez
mais, fazem que os corpos passem do estado sólido ao líquido, em seguida ao de
gás. Os gases, a seu turno, se dilatam indefinidamente, pela adição de novas
quantidades de calor, isto é – de movimento – e, se se criar embaraço a essa
expansão, ele exercerá considerável pressão sobre as paredes do vaso que o
contenha. É assim que as moléculas dos gases ou dos vapores, em cativeiro nos
cilindros das locomotivas, transmitem ao êmbolo a força que se emprega para
produzir a tracção dos comboios, isto é, trabalho mecânico.
Quando, pois, os movimentos moleculares de um corpo se
mostrem agrupados de maneira a apresentar, uns com relações aos outros, centros
fixos de orientação, diremos que esse corpo é sólido;
Quando os movimentos moleculares de um corpo estejam
agrupados de maneira que os centros desses grupos sejam móveis, uns com
relação aos outros, o corpo é líquido;
Quando as moléculas de um corpo se movem em todos os
sentidos e colidem umas com as outras milhões de vezes por segundo, o
corpo é chamado gás. (i)
Convém notar que, à proporção que a matéria passa do estado
sólido ao estado líquido, o volume aumenta; depois, do estado líquido ao
gasoso, a dilatação do mesmo peso de matéria se torna ainda maior, de sorte que
a matéria se rarefaz, ao mesmo tempo em que o movimento molecular se pronuncia.
Um litro d’água, por exemplo, dá 1.700 litros de vapor, isto é, ocupa
um volume 1.700 vezes superior ao que tinha no estado líquido; nessas
condições, as atracções mútuas entre as moléculas diminuem e o movimento
oscilatório das mesmas moléculas se torna mais rápido.
Com efeito, segundo cálculos de probabilidades, (ii) os
sábios chegaram a admitir que se pode considerar constante a velocidade média
das moléculas para um mesmo gás, qualquer que seja a direcção do caminho
percorrido. O valor dessa velocidade média, por segundo, à
temperatura do gelo em fusão, isto é, a 0º e, à pressão barométrica de 760
mm, é de:
461 metros para as moléculas
do oxigénio;
485 para as do ar;
492 para as do azoto;
1.848 para as do hidrogénio.
Tais velocidades são comparáveis à de um projéctil à saída
de uma arma de grande alcance. A velocidade das moléculas é tanto maior, quanto
mais leve é o gás, isto é, quanto menos matéria contém na unidade de volume.
Logo, se num tubo fechado se fizer o vácuo tão perfeito
quanto possível e se obrigarem as moléculas restantes a mover-se em linha
recta, por meio da electricidade, obter-se-á o estado radiante que Crookes descobriu.
Como muito se fala desse estado especial, expliquemos
claramente em que ele consiste.
Sabemos que os gases se compõem de um número indefinido de
particulazinhas em incessante movimento e animadas, conforme a sua natureza, de
velocidades de todas as grandezas.
Sabemos igualmente que, em consequência do número imenso,
essas partículas não podem mover-se em nenhuma direcção, sem se chocarem, quase
imediatamente, com outras partículas.
Que se dará se, de um vaso fechado, se retirar grande parte
do gás ali encerrado? É claro que, quanto mais diminuir o número das
moléculas do gás, tanto menos oportunidade terão as que restarem de chocar-se
umas com as outras. Pode-se, pois, induzir que, num vaso
fechado, onde se faça cada vez maior vazio, crescerá a distância
que qualquer molécula poderá percorrer, sem se chocar com outras. Teoricamente,
o comprimento do percurso livre, isto é, o comprimento da distância que uma
molécula qualquer poderá percorrer, sem colidir com outra, estará na razão
inversa das moléculas restantes, ou, o que vem a dar no mesmo, na
razão directa do vácuo produzido.
Como, no estado gasoso ordinário, as moléculas se encontram
em colisão contínua umas com as outras; como essa colisão contínua é
precisamente o que determina as propriedades físicas do gás, segue-se que, se
as moléculas percorrem espaços maiores sem se chocarem, dessa diferença na
maneira de se comportarem, hão de decorrer propriedades físicas
diferentes e, por conseguinte, um estado novo para a matéria. O
quarto estado será tão distante do estado gasoso, quanto este o é do
estado líquido. Foi o que Crookes experimentalmente demonstrou.
Aqui se acusa nitidamente a lei que assinalamos,
segundo a qual quanto mais rarefeita é a matéria, tanto mais rápido é o
movimento molecular. É tal a velocidade destas últimas partículas da
matéria, que os metais mais refractários, submetidos ao bombardeamento das moléculas,
não tardam a tornar-se rubros e mesmo a fundir-se, se a acção for
suficientemente prolongada. Nesse estado, a matéria, se bem que
excessivamente rara, ainda tem um peso apreciável, não por meio da balança, mas
por meio do raciocínio. O vácuo produzido é tal, que, se supusermos a pressão
barométrica ordinária, representada por uma coluna de mercúrio da altura
de 4.800 metros, a pressão da matéria radiante não poderá
equilibrar mais de um quarto de milímetro de mercúrio! Ela ainda tem
peso, o que explica que conserva as suas propriedades químicas, porquanto não
há dissociação.
Mas, se acompanharmos a ciência nas suas induções, ser-nos-á
possível conceber um estado em que a matéria se ache tão rarefeita que o seu
movimento molecular a liberte da atracção terrestre. É o éter dos
físicos que primeiro realiza essa concepção. Para serem compreensíveis
os diversos aspectos da energia, imaginou-se o Universo cheio de uma substância
imponderável, perfeitamente elástica, a qual, graças à sua subtileza, penetraria
todos os corpos. Conforme vibre mais ou menos rapidamente, essa
matéria dá lugar aos fenómenos que para nós se traduzem em sensações de calor,
sendo as mais lentas as vibrações; de electricidade, se forem as mais rápidas;
de raios obscuros, se for actividade química; finalmente, às vibrações
excessivamente rápidas da luz visível e invisível.
Será aí, porém, o limite extremo que não se possa
ultrapassar nas pesquisas? Não, pois sabemos, pelas experiências
espíritas, que os Espíritos possuem corpos fluídicos, que
nenhuma das formas da energia pode influenciar. Nem os frios intensos dos
espaços interplanetários, que chegam a 273 graus abaixo de zero, nem a
temperatura de muitos milhares de graus dos sóis quaisquer influências exercem
sobre a matéria perispirítica. É que esse
invólucro da alma procede do fluido cósmico universal, isto é, da substância na
sua forma primitiva. Nenhuma mudança poderá atingi-la; ela, na sua
essência, é imutável. Não se encontra sujeita às decomposições, por não
poder simplificar-se, uma vez que se encontra no estado inicial, último tempo a
que hão de fatalmente ir ter todas as mutações. Mesclam mais ou menos o perispírito os
fluidos do planeta a que o Espírito se encontra ligado. O trabalho da
alma consiste justamente em desembaraçar o seu corpo fluídico de todas as
escórias que se lhe agregaram, desde a origem da sua evolução.
Entre esse estado perfeito – em que o mínimo de
matéria é animado do máximo de força viva – e o estado sólido a 273° –
em que o máximo de matéria contém o mínimo de movimentos vibratórios – há uma
infinidade de graus que formam a escala de todas as modalidades possíveis da
matéria. Estamos, pois, cientificamente autorizados a dizer que os
fluidos não são simples criações da imaginação; que eles correspondem, no mundo
físico, a realidades positivas, a estados ainda não descobertos, mas
que a matéria radiante, os raios X, o fluido que impressiona as chapas
fotográficas e o éter nos animam a conceber como existentes de facto. Não
é de duvidar-se que pesquisas ulteriores farão se descubram mais tarde essas
modificações tão variadas dos estados da substância primitiva, à medida que se
aperfeiçoem os nossos meios de investigação e que a ciência voltar os seus
olhos para o invisível e para o imaterial, em vez de se acantonar por sistema
no domínio grosseiramente tangível e cujo território é tão limitado.
Aliás, a força da evolução obriga fatalmente os
retardatários a abrirem o intelecto às novas concepções. A fotografia do
invisível, quer opere nas insondáveis profundezas da extensão, quer penetre no
interior das substâncias opacas, patenteia ao espírito possibilidades
que, há alguns anos apenas, seriam tachadas de utopias supersticiosas. Faz-se
mister que a humanidade se liberte das enervantes afirmações dos materialistas.
Soou a hora em que tem de cair o véu que tolhia a visão clara da Natureza.
Apesar das mais extravagantes teorias, forjadas
para explicarem os fenómenos espíritas sem a intervenção dos Espíritos, a
verdade se evidencia de maneira esplêndida. Sim, temos uma alma imortal.
Sim, as vidas sucessivas na Terra e no espaço são simples trechos do
interminável caminho do progresso e todos nos encontramos em marcha para altos
destinos. O sentimento da imortalidade, que sempre se manifestou em todas
as idades do género humano, que se atestou, de modo tangível, em todas as
épocas, por manifestações semelhantes às que hoje observamos, está prestes,
enfim, a receber a sua explicação científica. Esplenderá então a moral
sublime da solidariedade, da fraternidade e do amor, forçosa consequência
das vidas sucessivas e da identidade de origem e de destino. Por termos
o sentimento vivo de que soou a hora em que a ciência há de unir-se à
revelação, é que todos os esforços empregam por trazer a nossa pedra ao
edifício. Para todos os espíritos independentes, que se não achem
cegos por ideias preconcebidas, são fora de dúvida que as descobertas
contemporâneas acarretam firmes apoios ao espiritualismo.
As especulações precedentes sobre a matéria no estado
sólido, líquido ou gasoso justificam-se plenamente, como é fácil ver-se. Dado
que, verdadeiramente, os gases são formados de átomos a moverem-se em todos os
sentidos com prodigiosa rapidez, é claro que, resfriando-se esses gases, isto
é, reduzindo-se-lhes o movimento, as suas moléculas se aproximarão.
Se, ao demais, ajudarmos essa concentração por meio de pressões enérgicas, o
gás há de passar ao estado líquido e de, afinal, solidificar-se, quando
as suas moléculas possam exercer as mútuas atracções. É precisamente o
que se dá.
Só ultimamente se chegou a comprovar esses resultados que a
teoria fazia prever. Assim é que o Senhor Cailletet mostrou
que o oxigénio se liquefaz a 29 graus abaixo de zero, sob uma pressão de 300
atmosferas, ou, então, conforme o Sr. Wroblewski o determinou, sob a pressão de
uma atmosfera, mas fazendo-se descer a temperatura a 184 graus abaixo de zero.
O ar que respiramos se torna líquido, quando a temperatura é de 192 graus
abaixo de zero. A dois graus de menos, também o azoto se torna líquido. De
sorte que, se o Sol se extinguisse, isto é, se deixasse de nos dar o calor que
mantém todos os corpos terrestres no estado actual, a Terra seria inabitável,
porquanto o ar provavelmente se solidificaria, bem como o hidrogénio e todos os
gases; já não haveria atmosfera e um frio mortal substituiria a animação e a
vida.
Incontestavelmente, reina continuidade em todas as
manifestações da matéria e da energia. Todos os estados, tão diversos,
das substâncias se ligam entre si por estreitos laços; não há barreira
intransponível a separar os gases impalpáveis das matérias mais duras ou mais
refractárias. Na realidade, uma continuidade existe perfeita nos estados
físicos, que podem passar de um ao outro por gradações tão suaves, que
racionalmente podem ser considerados formas amplamente espaçadas de um mesmo
estado material. Tanto mais exacto isto é, quanto nenhum estado material possui
qualquer propriedade essencial de que os outros não partilhem.
Os sólidos, sob fortes pressões, se escoam como os líquidos
e, os gases podem comportar-se como corpos sólidos pouco compressíveis. O Sr.
Tresca, submetendo o chumbo a uma pressão de 130 quilogramas por
centímetro quadrado, fez correr dele um veio líquido, qual se estivesse
fundido. O Sr. Daubrée (iii) produziu
erosões e arrancamentos em blocos de aço, pela força de gases violentamente
comprimidos. O efeito foi semelhante ao que teria produzido o choque de um
buril de aço energicamente accionado.
Urge se compreenda que a grandeza do efeito que um corpo
produz está longe de corresponder ao peso desse corpo. Assim,
uma quantidade extremamente fraca de gás, diz o Sr. Daubrée, falando da
dinamite, produz efeitos verdadeiramente assombrosos. O peso de um quilograma e
meio de gás, actuando sobre um prisma de aço de 134
centímetros quadrados (o que corresponde ao peso de 162 miligramas por
milímetro quadrado), produz nele, a par de diferentes escavações na superfície,
o seguinte:
1º) Rupturas, que somente pressões de um milhão
de quilogramas seriam capazes de produzir, isto é, a pressão de um peso 600 mil
vezes maior do que o do gás causador de tais despedaçamentos;
2º) Esmagamentos, que não podem corresponder a menos de 300
atmosferas.
Postas em confronto com efeitos mecânicos determinados
pelo raio, mostram essas experiências que as mais altas formas da
energia se encontram sempre ligadas à matéria cada vez mais rarefeita.
É, pois, por indução absolutamente legítima que acreditamos
na existência dos fluidos, isto é, de estados materiais em que a
força viva das moléculas ou dos átomos aumenta sem cessar, até ao estado
primitivo, que se caracterizará pelo máximo de força viva no mínimo
de matéria. Entre a matéria sólida e o fluido universal, depara-se com
uma imensa série graduada de transições insensíveis, em que o movimento molecular
vai em constante crescendo. Pode resumir-se no quadro seguinte tudo o que
acabamos de examinar:
Na
unidade de volume máximo de matéria, ligada ao mínimo de força viva, limite
absoluto: 273º abaixo de zero.
|
Matéria
no estado sólido.
|
· Minerais,
metais, sais, etc.
· Orientação
fixa dos agrupamentos moleculares, uns com relação aos outros.
· Oscilações
restritas e movimentos de vibração das moléculas.
|
|
Matéria
no estado líquido.
|
· A
água, o vinho, o álcool, etc.
· Orientação
móvel dos agrupamentos moleculares uns com relação aos outros.
· Oscilações
lentas, mas começo do movimento de rotação das moléculas sobre si mesmas.
|
|
Matéria
no estado gasoso.
|
· O
ar, o hidrogénio, o oxigénio, etc.
· Movimentos
rápidos de translação das moléculas em todas as direcções, acompanhadas de
uma rotação mais pronunciada, à medida que a matéria se rarefaz.
|
|
Matéria
no estado etéreo imponderável.
|
· Manifestando-se
pelos fenómenos caloríficos, luminosos, eléctricos. vitais, etc.
· Movimentos
de translação, mais rápidos do que no estado precedente; movimento rotatório
dos átomos, desenvolvendo uma força centrífuga, que contrabalança a acção da
gravitação.
|
|
Matéria
no estado fluídico.
|
· Todos
os fluidos do mundo espiritual. Caracterizados por movimentos cada vez mais
rápidos das moléculas e dos átomos. Sempre imponderáveis.
|
Na
unidade do volume: máximo de força viva com o mínimo de matéria.
|
Matéria
no estado cósmico ou primordial.
|
· Máximo
de movimentos atómicos. A matéria está no seu ponto extremo de rarefacção.
Acha-se no estado inicial e contém, em potência, todos os estados enumerados
acima.
|
/...
(i) Jouffret, na Introdução à teoria da Energia, à
pág. 67, diz: Calculou-se que, a uma pressão barométrica de 760 milímetros, o número médio
dos choques, entre as moléculas gasosas, seria:
1º – Para o oxigénio, por segundo, 2.065 milhões.
2º – Para o ar, por segundo, 4.760 milhões.
3º – Para o azoto, por segundo, 4.760 milhões.
4º – Para o hidrogénio, por segundo, 9.480 milhões.
Se a pressão barométrica fosse cem vezes menor, isto é, igual a 0m,0076, vácuo
que apenas as melhores máquinas pneumáticas produzem, a média de percurso livre
se tornaria cem mil vezes maior, isto é, igual a cerca de um centímetro; o
número dos choques não seria mais do que 4.700 por segundo.
(ii) Deleveau, A Matéria, pág. 77.,
Briot, Teoria mecânica do calor, pág. 143.(iii) Resenhas, 9 de junho de 1883.
Gabriel Delanne, A Alma é Imortal, Terceira
parte – O Espiritismo e a ciência; Capítulo III – Estudo
sobre os fluidos, 12º fragmento desta obra.
(imagem de contextualização: Pitágoras, pormenor
d'A escola de Atenas de Rafael Sanzio (1509)