O movimento pancéltico (IV)
Desde a Grande Guerra (a primeira), a propaganda céltica tomou um novo impulso.
A Liga Céltica Irlandesa organizou festas, reuniões solenes
periódicas, inicialmente em Dublin, depois em cada uma das cidades da Irlanda.
No País de Gales, muitas Assembleias solenes foram
realizadas. A de 1923 foi presidida pelo arquidruida de Gales, auxiliado por um
arquidruida australiano e um da Nova Zelândia.
Esses detalhes nos demonstram que o movimento céltico se propagou até aos antípodas. Em todos os lugares as multidões célticas se comportam com paixão nessas Assembleias, onde são realizados torneios de poesia, de música e
improvisações oratórias. E, por essas manifestações, se renovam e se asseguram,
sem cessar, a vitalidade da raça, a sua vontade de ficar unida num pensamento
supremo e importante, unida num ideal comum!
Assim se realiza o sonho céltico previsto pelos
bardos.
Através das duras vicissitudes de sua história, a raça céltica sempre afirmou a
sua vontade de viver, a sua fé inabalável em si mesma e no seu
futuro e isso, principalmente, nas horas em que tudo parecia perdido. Mas a sua
obra é puramente pacífica. O que se agita no fundo de sua alma não é uma necessidade de poderio material, mas apenas o sentimento da sua nobre origem e
dos seus direitos.
Assim disse Lord
Castletown:
“A ideia céltica é
uma ideia de concórdia e de fraternidade, e isso está escrito em todos os
lugares, nas lendas e nos dogmas filosóficos da raça.”
Todos os iniciados sabem que o Celtismo renovador levará
à Europa este complemento da ciência e da religião que lhe falta, isto é, um
conhecimento maior do mundo invisível, da vida universal e de suas leis.
Está aí, com efeito, o único meio de atenuar o declínio das raças brancas,
orientando a sua evolução em direcção a um objectivo mais elevado e de melhores
destinos.
/…
LÉON DENIS, O Génio Céltico e o Mundo Invisível,
Primeira Parte OS PAÍSES CÉLTICOS, CAPÍTULO I – Origem dos celtas, Guerra dos
gauleses, Decadência e queda, Longa noite, o despertar, O movimento
pancéltico, 7º fragmento da obra.
(imagem de contextualização: The Apotheosis
of the French Heroes who Died for their Country During the War for Freedom_1802,
pintura de Anne-Luis
GIRODET-TRIOSON)
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