quinta-feira, 22 de setembro de 2016

O Génio Céltico e o Mundo Invisível ~

O movimento pancéltico (IV)

Desde a Grande Guerra (a primeira), a propaganda céltica tomou um novo impulso.

A Liga Céltica Irlandesa organizou festas, reuniões solenes periódicas, inicialmente em Dublin, depois em cada uma das cidades da Irlanda.

No País de Gales, muitas Assembleias solenes foram realizadas. A de 1923 foi presidida pelo arquidruida de Gales, auxiliado por um arquidruida australiano e um da Nova Zelândia.

Esses detalhes nos demonstram que o movimento céltico se propagou até aos antípodas. Em todos os lugares as multidões célticas se comportam com paixão nessas Assembleias, onde são realizados torneios de poesia, de música e improvisações oratórias. E, por essas manifestações, se renovam e se asseguram, sem cessar, a vitalidade da raça, a sua vontade de ficar unida num pensamento supremo e importante, unida num ideal comum!

Assim se realiza o sonho céltico previsto pelos bardos.

Através das duras vicissitudes de sua história, a raça céltica sempre afirmou a sua vontade de viver, a sua fé inabalável em si mesma e no seu futuro e isso, principalmente, nas horas em que tudo parecia perdido. Mas a sua obra é puramente pacífica. O que se agita no fundo de sua alma não é uma necessidade de poderio material, mas apenas o sentimento da sua nobre origem e dos seus direitos.

Assim disse Lord Castletown:

“A ideia céltica é uma ideia de concórdia e de fraternidade, e isso está escrito em todos os lugares, nas lendas e nos dogmas filosóficos da raça.”

Todos os iniciados sabem que o Celtismo renovador levará à Europa este complemento da ciência e da religião que lhe falta, isto é, um conhecimento maior do mundo invisível, da vida universal e de suas leis. Está aí, com efeito, o único meio de atenuar o declínio das raças brancas, orientando a sua evolução em direcção a um objectivo mais elevado e de melhores destinos.

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LÉON DENIS, O Génio Céltico e o Mundo Invisível, Primeira Parte OS PAÍSES CÉLTICOS, CAPÍTULO I – Origem dos celtas, Guerra dos gauleses, Decadência e queda, Longa noite, o despertar, O movimento pancéltico, 7º fragmento da obra.
(imagem de contextualização: The Apotheosis of the French Heroes who Died for their Country During the War for Freedom_1802, pintura de Anne-Luis GIRODET-TRIOSON)

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