Panorama desolador |
Foi tendo em vista todo esse panorama desolador que resolvemos lançar esta nova
edição da Crítica à Teoria Corpuscular do Espírito, sob novo título
capaz de abranger toda a área conflitual. Lançada a primeira edição há doze
anos, em volumes de pequeno formato e composição em tipo miúdo, produziu ela os
seus efeitos, mas já se encontra há muito esgotada. Muitas pessoas interessadas
reclamam a reedição. Examinando o texto, vimos que ele ainda se apresenta como
necessário no panorama actual. Foi a primeira crítica, rigorosamente
crítica, oferecida ao meio doutrinário como um exemplo de como se deve
desmontar uma doutrina absurda. Muitos dos seus tópicos se aplicam a
outras formas de pretensa reformulação da doutrina. É um texto já
clássico, modelo único de exame atento e minucioso de uma falsa teoria, não lhe
faltando o exemplo de comedimento e de respeito humano ao responsável pela sua
formulação e divulgação. Não teremos a falsa modéstia de negar o seu valor
nesse sentido, mormente agora que o movimento da Educação Espírita
atinge o plano universitário e exige a existência de textos dessa
natureza, capazes de orientar os estudantes universitários no manejo da crítica
espírita. Há momentos em que devemos ter a coragem de reconhecer e
sustentar o valor das próprias obras elaboradas em favor da doutrina.
Investimo-nos dessa coragem e lançamos o texto em nova edição, com endereço
mais amplo e adaptado às exigências actuais. Não negaremos às novas gerações de
estudantes universitários espíritas esse modelo ainda imperfeito, porque
escrito sem o tempo necessário, mas valioso por o seu acerto no enfoque do
problema e por sua eficácia indiscutivelmente provada.
Não buscamos nenhum efeito de interesse pessoal. A imprensa espírita ainda não está em condições de avaliar esforços desta natureza e a imprensa comum nem sequer tomará conhecimento desse trabalho. O que nos interessa é devolver à circulação um texto que tem a sua oportunidade e o seu valor relativo, atendendo a uma necessidade evidente do movimento espírita brasileiro. Ao lado de O Verbo e a Carne, cuja edição foi lançada recentemente, este pequeno volume poderá contribuir para orientar e estimular novas críticas dessa natureza. Nenhuma cultura se desenvolve sem crítica e sem exercício acurado do espírito crítico. O Espiritismo, ele mesmo, é um movimento crítico em favor do desenvolvimento da Civilização do Espírito, como vemos na obra gigantesca de Kardec. Todas as reacções que esta reedição provocar serão benéficas, mesmo quando possam parecer o contrário. A defesa da verdade está sempre acima dos melindres pessoais.
São Paulo, 18 de Abril de 1974.
Não buscamos nenhum efeito de interesse pessoal. A imprensa espírita ainda não está em condições de avaliar esforços desta natureza e a imprensa comum nem sequer tomará conhecimento desse trabalho. O que nos interessa é devolver à circulação um texto que tem a sua oportunidade e o seu valor relativo, atendendo a uma necessidade evidente do movimento espírita brasileiro. Ao lado de O Verbo e a Carne, cuja edição foi lançada recentemente, este pequeno volume poderá contribuir para orientar e estimular novas críticas dessa natureza. Nenhuma cultura se desenvolve sem crítica e sem exercício acurado do espírito crítico. O Espiritismo, ele mesmo, é um movimento crítico em favor do desenvolvimento da Civilização do Espírito, como vemos na obra gigantesca de Kardec. Todas as reacções que esta reedição provocar serão benéficas, mesmo quando possam parecer o contrário. A defesa da verdade está sempre acima dos melindres pessoais.
São Paulo, 18 de Abril de 1974.
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José Herculano Pires – A Pedra e o Joio, Crítica
à Teoria Corpuscular do Espírito, Panorama desolador, 5º fragmento da obra.
(imagem de contextualização: As Colhedoras de Grãos, pintura a óleo por Jean-François Millet)
(imagem de contextualização: As Colhedoras de Grãos, pintura a óleo por Jean-François Millet)
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